Estudo sobre o Natal


Natal, data incrível, fartura, fortalecimento das relações, dias de folga, jantares rebuscados, todas essas características convergindo pra uma das datas mais festejadas pelas civilizações no mundo. Pouca gente conhece a verdadeira História do Natal, o 25 de dezembro nem sempre significou o nascimento de Cristo, até porque nem sempre o Cristianismo se mostrava como principal credo da humanidade. O Natal carrega consigo simbolismos e características que atravessam culturas e foram aderidas como forma de adaptação pelo antigo clero. Reservei essa postagem pra contar as inúmeras facetas da História do Natal.

Definição

Adentraremos então a história mas primeiramente precisamos estabelecer os significados do nome. Afinal o nome diz muito sobre o algo a ser definido, diz muito sobre sua história. Natal vem do latim (Nativitatis), significa nascimento, nos Estados Unidos a palavra correspondente é Christmas, do latim (Christus)+(Mass), onde mass é um termo utilizado da celebração da eucaristia, um dos ritos da igreja católica romana, já no alemão temos a palavra Weihnachten, que tem por tradução (Noite abençoada) ou então (Noite bendita). De cada cultura pode-se obter um significado diferente para o nome, mas é inegável que em todos o sentimento é de festividade.

Primeiros Antecedentes e Histórias

Existem diversas histórias sobre os antecedentes ao natal, respectivas a forma de comemoração de cada cultura, as mais importantes serão abordados nesse capítulo afim de desmistificar os padrões que se repetem até hoje nas festividades. Abordaremos: Vikings, Gregos, Romanos e Mesopotâmios.

Vikings


Os Vikings eram povos que habitavam a região da Península da Escandinávia no hemisfério norte em épocas antigas. A palavra Viking origina-se do normando “vik” cujo significado mais provável é “homens do norte”.Era povos guerreiros, fato que impunha muito respeito na região. Eram temidos por fabricarem armas e escudos de metal e embarcações de guerra. Possuíam grande poder bélico e foi o medo deles que obrigou os europeus a construírem os enormes castelos de pedras. Acreditavam em vários deuses ligados às forças da natureza como exemplo Freyja a deusa da fertilidade, do amor e também da morte. Odin, deus da sabedoria e da guerra. Thor deus do trovão filho de Odin e de Fjorgyn uma deusa da terra, ou a própria Terra. 

O solstício de inverno é o dia em que o sol esta mais longe da Terra.No hemisfério norte esta dada é no dia 24 de dezembro sendo que no hemisfério sul esta mesma dada é comemorada no dia 24 de julho onde deu origem as festas juninas.No hemisfério norte era (é) muito frio sendo seis meses de dia e seis meses de noite e os Vikings tinham apenas três meses para armazenar comida, carnes, Nozes, castanhas, peixes, etc., para os seis meses de noite que era o inverno. Em uma temperatura de trinta graus abaixo de zero. Historiadores dizem que nessas datas a luz perdia pras trevas, a sabedoria perdia pra ignorância, a fartura perdia pra fome, a felicidade perdia pra tristeza, a coragem perdia para o medo e acima de tudo, a vida perdia pra morte.No dia vinte quatro de dezembro era o pior dia por ser o mais frio e o sol estar muito longe da Terra. Neste dia o Xamã da tribo acendia a fogueira e enfeitava o pinheiro que era uma árvore que mesmos no mais terrível inverno continuava verde com velas que ficavam dentro de pequenos cascos de carvalho amarrados a cipós e fazia um ritual pedindo para os deuses que a luz vença as trevas, que a sabedoria vença a ignorância que a vida vença a morte, a aldeia se reunia e festejava de forma respeitosa pedindo intervenções divinas.

Neste ritual de poder e magia o Xamã escolhia um de seus melhores guerreiros para caçar um urso branco que era o símbolo da força dos Vikings para sacrificar e oferecer aos deuses.O guerreiro saia sozinho no seu trenó puxado pelas renas com a gigantesca tarefa de caçar um dos animais mais fortes e perigosos do hemisfério norte que é o urso branco.Quando o guerreio voltava com a barba branca e os cabelos cobertos de neve imediatamente ele tinha que tirar a pele do urso e se vestir com a parte dos pelos brancos por dentro e a vermelha por fora como o símbolo da força e do poder dos Vikings em oferenda aos deuses. Após o ritual os Vikings faziam grande festa com muita fartura de alimentos, músicas e danças. Com o passar do tempo esta festa pagã foi crescendo e dominou toda a Europa.


Gregos



A Grécia antiga também incorporou os rituais estabelecidos pelos mesopotâmios ao celebrar a luta de Zeus contra o titã Cronos. Não somente esse fato, mas os gregos antigos também faziam festas a Baco (Deus do vinho e da Colheita), por dias bebiam e se fartavam de seu melhor vinho em banquetes e orgias, o que soa interessante ao se analisar o natal cristão como é hoje. Os sacerdotes dos oráculos se reuniam e faziam adivinhações durante dias, a grande Grécia entrava em frenesi ao som de harpas e tambores.


Mesopotâmios



Na Mesopotâmia, o antigo festival (Zagmuk) simbolizava a passagem de um ano para outro e geralmente durava 12 dias. Em 1896, Morris Jastrow, um pesquisador de estudos relacionados às sociedades orientais, declarou para o Jornal Americano de Linguagem Semiótica e Literatura que, no início do mês de Nisan, os babilônios celebravam o festival de Zagmuk com sacrifícios e oferendas. Passando pelas principais ruas da Babilônia eles carregavam Marduk, sua esposa e filho, entre outros deuses. A lenda dizia que, durante o solstício de inverno, o rei deveria morrer ao lado de Marduk, para ajudá-lo na batalha contra os monstros do caos (a escuridão). Entretanto, para poupar o rei, um criminoso era vestido com suas roupas e tratado com todos os privilégios do monarca para então ser morto e levar consigo todos os pecados do povo. Um ritual semelhante, conhecido como Sacae (versão latinizada do iraniano arcaico, Sakā), também era realizado pelos persas e babilônios. Sob os mesmos pilares da luta contra a escuridão, a versão também contava com escravos tomando lugar de seus mestres. Jany comenta que nossa tradição de celebrar o Natal à meia-noite possivelmente remonta a estes rituais pagãos: "Por conta da relação luz/escuridão trazida pela simbologia do solstício, a teoria mais difundida sobre o Natal associa a data a esse período, em que alguns povos passavam a noite em vigília com tochas acesas para garantir que o sol nascesse e imperasse sobre a escuridão", esclarece a historiadora.

Romanos


A comemoração em Roma, então, era só mais um reflexo de tudo isso. Cultuar Mitra, o deus da luz, no 25 de dezembro era nada mais do que festejar o velho solstício de inverno – pelo calendário atual, diferente daquele dos romanos, o fenômeno na verdade acontece no dia 20 ou 21, dependendo do ano. Seja como for, o culto a Mitra chegou à Europa lá pelo século 4 a.C., quando Alexandre, o Grande, conquistou o Oriente Médio. Centenas de anos depois, soldados romanos viraram devotos da divindade. E ela foi parar no centro do Império. Mitra, então, ganhou uma celebração exclusiva: o Festival do Sol Invicto. Esse evento passou a fechar outra farra dedicada ao solstício. Era a Saturnália, que durava uma semana e servia para homenagear Saturno, senhor da agricultura. “O ponto inicial dessa comemoração eram os sacrifícios ao deus. Enquanto isso, dentro das casas, todos se felicitavam, comiam e trocavam presentes”, dizem os historiadores Mary Beard e John North no livro Religions of Rome (“Religiões de Roma”). Os mais animados se entregavam a orgias – mas isso os romanos faziam o tempo todo. 

Ascensão do Cristianismo


Bom aqui historiadores divergem-se entre três vertentes.


A primeira acredita que durante o século 4, com a conversão do imperador Constantino ao catolicismo, que o nascimento de Cristo começa a ser celebrado pelos cristãos (até aí a sua principal festa era a Páscoa, mas no dia 6 de Janeiro, com a Epifania). A alteração das datas comemorativas foi realizada pelo Papa Gregório XIII (responsável pelo calendário gregoriano vigente).


II 

A segunda acredita que o 25 de dezembro foi definido pelo Papa Júlio I por volta de 336 d.C quando essa festa foi cristianizada. Ao invés de comemorar o natal celebrando o Sol como um deus, os cristãos passaram a celebrar o nascimento de Jesus, o “Sol da Justiça” (Ml 4:2), numa tentativa de levar a mente dos romanos a Jesus ao invés do deus Sol.

III

A terceira acredita que os fiéis de Roma queriam arranjar algo para fazer frente às comemorações pelo solstício. E colocar uma celebração cristã bem nessa época era de suma importância – principalmente para os chefes da Igreja, que teriam mais facilidade em amealhar novos fiéis. Aí, em 221 d.C., o historiador cristão [Sextus Julius Africanus] teve a irônica ideia: cravou o aniversário de Jesus no dia 25 de dezembro, nascimento de Mitra. A Igreja aceitou a proposta e, a partir do século 4, quando o cristianismo virou a religião oficial do Império, o Festival do Sol Invicto começou a mudar de homenageado.

Na entrevista de Joseph Campbell ao jornalista Bill Moyers, que foi transcrita e publicada em O Poder do Mito (Palas Athena, 1990), o antropólogo esclarece:

"A característica dos povos imperialistas é ver o seu deus local promovido a senhor de todo o universo. As demais divindades deixam de contar. E o meio de conseguir isso é aniquilar o deus ou deusa que estava aí antes. (...) Toda mitologia cresceu numa certa sociedade, num campo delimitado. Então, quando as mitologias se tornam muitas, entram em colisão e em relação, e se amalgamam, e assim surge uma outra mitologia, mais complexa."

Segundo Campbell, para nos adaptarmos à realidade, nós contaríamos histórias. Seria assim que entraríamos em contato com o mundo que nos cerca; buscaríamos nos mitos o que nos une, transformando-os no elo que ligaria aquilo que temos em comum.

“Associado ao deus-sol, Jesus assumiu a forma da luz que traria a salvação para a humanidade."

Diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Unicamp. Assim, a invenção católica herdava tradições anteriores.

"Ao contrário do que se pensa, os cristãos nem sempre destruíam as outras percepções de mundo como rolos compressores. Nesse caso, o que ocorreu foi uma troca cultural."

Afirma outro historiador especialista em Antiguidade, André Chevitarese, da UFRJ.



Adesão e Surgimento de Simbolismos

Ao longo dos séculos, os símbolos representaram a mais profunda manifestação das aspirações dos povos. Em Civilização e Cultura (Global, 2004), Câmara Cascudo comenta:

"Nenhuma civilização desaparece completamente no mundo. Sobrevivem resíduos transmitidos às civilizações (...). A superstição está nessa classe. Destroços de cultos desaparecidos fixam-se na mentalidade popular, distante ou vizinha, com espantosa vitalidade."

Árvores



Civilizações antigas como os Assírios e Egípcios, por exemplo, consideravam as árvores como um símbolo divino e, por isso, as cultuavam e celebravam festivais em favor delas. Porém, a tradição de se enfeitar uma árvore no Natal provavelmente surgiu na Alemanha. Segundo a tradição alemã, Lutero queria mostrar às crianças, por meio dessa árvore enfeitada, “como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo. Durante os séculos XVII e XVIII este hábito tornou-se tão popular entre os povos germânicos, que estes atribuíram a criação da árvore de Natal ao seu Congénere Martinus Luter, (Martinho Lutero em português), fundador do protestantismo. Reza a lenda germânica que Lutero ao passear durante uma noite limpa pela floresta, observou o efeito das estrelas no topo das árvores e trouxe essa imagem para a sua família na forma de uma árvore com uma estrela no topo e decorada com velas. Mas foi só durante o século XIX que a árvore de Natal se começou a difundir pelo resto do mundo, muito graças à contribuição da monarquia britânica. O príncipe Alberto, o marido de origem alemã da rainha Vitória, montou uma Árvore de Natal no palácio real britânico.

Há no entanto vertentes que assumem  que na Idade Média, árvores enfeitadas faziam parte de todas as grandes festas – por exemplo, das festas da cumeeira (tradição adotada também no Brasil, durante o colonização Europeia). A primeira menção do uso de pinheiros na ornamentação das festas natalinas data de documentos de 1419. Nas vésperas do solstício de inverno, os povos pagãos da região dos países bálticos (nordeste europeu) cortavam pinheiros e os levavam para seus lares, enfeitando-os para que, depois da queda das folhas no inverno, os espíritos das árvores retornassem.

A etnóloga Christel Köhle-Hetzinger, da Universidade de Jena, na Alemanha, conhece uma série de histórias que tentam explicar a origem da árvore presente na tradição medieval:

"Sabe-se também que árvores verdes eram postas nas igrejas na época de Natal. Era, sem dúvida, uma alusão à árvore do paraíso, que desempenha um papel próprio em toda a liturgia cristã. Ou seja, uma árvore cristã da vida. Como na história de Adão e Eva."

Presépios



Os registros mais antigos dos primeiros presépios em escala reduzida nas igrejas datam do ano de 1223, com Francisco de Assis. Ele teria reproduzido um "presépio vivo" com personagens e animais em sua igreja em Greccio, na Itália. Os personagens reais que realizaram a encenação eram habitantes da própria aldeia, tradição que disseminou-se rapidamente. Alguns anos depois, por volta de 1803, os habitantes de Provença começaram a reproduzir os personagens folclóricos do presépio em massa de modelar, conhecidos como santons. O livro O pequeno mundo dos santinhos de Provença (Equinoxe, 2010), de Laurent Giradou, possui cerca de 130 páginas com registros da coleção de santos confeccionados por Gilbert Orsini, um dos mais conhecidos mestres artesãos.

Guirlandas




Muito utilizadas durante os solstícios de inverno (como convite para a moradia dos Deuses durante o inverno), as guirlandas eram símbolos de bênção dos ambientes. Consideradas simbolicamente como "adornos de chamamento", a tradição do uso das guirlandas permaneceu durante a Roma Antiga: oferecer um ramo de planta significava um voto à saúde. Isso proporcionou o costume de enrolar os ramos em uma coroa. O mais conhecido dos três arbustos é o azevinho; ele é composto de folhas verdes e frutos em tom vermelho vivo, que simbolicamente representam o aspecto masculino das divindades celtas e dizem ter o poder de repelir o mal. Já o visco branco têm folhas mais arredondadas e de textura macia. Os frutos brancos estão ligados ao aspecto feminino das divindades celtas, representando a imortalidade e fertilidade. Todos estes arbustos são ditos protetores, e eram colocados nas portas para afastar os maus espíritos e o azar.


Santa Claus ou Papai Noel



Ásia Menor, século 4. Três moças da cidade de Myra (Turquia) estavam Passando necessidades. O pai delas era pobre e moribundo, e as garotas só viam um jeito de sair da miséria: entrar para o ramo da prostituição. Foi então que, numa noite de inverno, um homem misterioso jogou um saquinho cheio de ouro pela janela (alguns dizem que foi pela chaminé) e sumiu. Na noite seguinte, atirou outro; depois, mais outro. Um para cada moça. Aí as meninas usaram o ouro como dotes de casamento – não dava para arranjar um bom marido na época sem pagar por isso como já se era esperado da época tratada.As meninas se recuperam da vida boêmia Tudo graças ao sujeito dos saquinhos. O nome dele? Papai Noel. O tal benfeitor era um homem conhecido como Nicolau de Myra, o bispo da cidade. Não existem registros históricos sobre a vida dele, mas lenda é o que não falta. Nicolau seria um homem de fortunas que passou a vida dando presentes para os pobres. Histórias sobre a generosidade do bispo, como essa das moças que escaparam do bordel, ganharam status de mito. Logo atribuíram toda sorte de milagres a ele. E um século após sua morte, o bispo foi canonizado pela Igreja Católica. Virou são Nicolau.

Um santo multiuso: padroeiro das crianças, dos mercadores e dos marinheiros, que levaram sua fama de bonzinho para todos os cantos do Velho Continente. Na Rússia e na Grécia Nicolau virou um santo de suma importância. No resto da Europa, a imagem benevolente do bispo de Myra se fundiu com as tradições do Natal. E ele virou o presenteador oficial da data. Na Grã-Bretanha, passaram a chamá-lo de Father Christmas (Papai Natal). Os franceses cunharam Pére Nöel, que quer dizer a mesma coisa e deu origem ao nome que usamos aqui. Na Holanda, o santo Nicolau teve o nome encurtado para Sinterklaas. E o povo dos Países Baixos levou essa versão para a colônia holandesa de Nova Amsterdã (atual Nova York) no século 17 – daí o Santa Claus que os ianques adotariam depois.

Outras versões do Papai Noel existiram, tal como a expressa no conto popular russo Babushka. O conto relata a história de Babuskha, uma velhinha que foi convidada pelos três reis magos para ir à Belém ver o Menino Jesus que havia acabado de nascer e que recusou o convite devido ao frio intenso que fazia naquela noite. No dia seguinte, ela juntou presentes para o Menino Jesus, mas como não sabia o caminho e os três anciãos já haviam partido, partiu procurando-o sem nunca encontrá-lo, mas deixando para todos os meninos que encontrava um brinquedo como presente de natal


Natal e o Capitalismo




"A The Coca-Cola Company iniciou sua publicidade de Natal na década de 1920 com anúncios em revistas como “The Saturday Evening Post”, “Ladies Home Journal”, “National Geographic”, “The New Yorker” e outras, nos quais mostrava um Papai Noel de olhar austero, no estilo de Thomas Nast."


"Em 1931, a empresa começou a introduzir anúncios da Coca-Cola em revistas mais populares. Archie Lee, executivo da agência de publicidade D’Arcy, queria uma campanha que mostrasse um Papai Noel saudável, que fosse ao mesmo tempo realista e simbólico. O ilustrador Haddon Sundblom foi encarregado de desenvolver imagens publicitárias que mostrassem o próprio Noel, e não um homem fantasiado. Para obter inspiração, Sundblom recorreu ao poema de Clement Clark Moore, de 1822 “A visit from St. Nicholas” (“Antes da véspera de Natal”), que evoca a imagem de um Papai Noel caloroso, amigável, gorducho e humano. Mesmo que digam que Papai Noel vista um casaco vermelho por conta da cor da Coca-Cola, ele já era representado vestido de vermelho antes de Sundblom tê-lo pintado."

"Sundblom criou sua versão final do Papai Noel em 1964, mas por várias décadas a publicidade da Coca-Cola destacou imagens de Papai Noel baseadas nos trabalhos originais do artista. Essas pinturas são algumas das peças mais valiosas da coleção de arte dos arquivos da empresa e já foram exibidas em todo o mundo, em locais famosos como o Musée du Louvre em Paris, o Royal Ontario Museum em Toronto, o Museum of Science and Industry em Chicago, na Isetan Department Store em Tóquio e na NK Department Store em Estocolmo. Muitas das pinturas originais podem ser vistas em exibição no World of Coca-Cola, em Atlanta, Geórgia."

[Texto sobre a história da coca cola]

Atualmente o natal tem sido utilizado como forma de consumismo, com um marketing de dar nojo (produção e repetição exacerbada de jingles). O sentido das festas "pagãs" e do cristianismo se transformaram em uma máquina de dar lucro, controlado por empresas capitalistas que utilizam publicidade como forma de controle de massas. Ora, porque não transformar uma festa que visa a união e a felicidade em algo pra se gastar? Os presentes não são as únicas coisas super faturadas na data vigente, mas e claro que não: pinheiros de plástico vendidos a 20% do salário mínimo brasileiro, enfeites para esse mesmo pinheiro que correspondem a um preço de 15% do salário, ceia de natal que não sai por menos de 28%, piscas-piscas e iluminação como adornos por 6% e é claro os presentes que se considerarmos uma família de 5 pessoas e uma delas dá as outras 4 temos caros 60% do salário gastos. Mas é claro que a conta não fecha de maneira coesa, significa apenas que o natal sustenta uma necessidade de consumo inexistente, um capitalismo canibal latente que gera no pobre a depressão e no rico uma forma de entretenimento passageira.

Conclusão

Devemos nos por além do bem e do mal e analisar todo o conteúdo criticamente, contudo o questionamento não se cala, até onde perdemos o real significado do conteúdo dessa festa? até que ponto o capitalismo não influência o funcionamento do pensamento humano? até onde a ignorância quanto a esses fatos é benéfica ou maléfica? Como Nietzsche diria: "É possível ao homem dedicado ao conhecimento, mentir por educação". Como dizem por ai, Bom natal.


~Dave Bastos

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Resumo, Cap 1, Educação e Sociologia (DURKHEIM)

Resumo, A Invenção das massas: a psicologia entre o contole e a resitência (BENEVIDES)

Resumo, Cap 1 , Sobre o Behaviorismo (SKINNER)